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Sempre que possível eu estarei publicando alguns de meus textos e artigos pessoais neste blog. Muitas coisas antigas e recentes relacionadas aos meus pensamentos e percurso de vida. Será uma forma de passar situações, sentimentos e um pedacinho de mim entre linhas. Uma maneira simples de revelar o mundo através de meus olhos e questionamentos com toda a sensibilidade que possuo. Comente, é importante!

domingo, 30 de outubro de 2011

O poder de uma Aliança





Quando Você fica noivo ou casa, você gosta de exibir sua aliança, aponta tudo e todos, gesticula mais do que o normal, para que todos vejam sua aliança dourada brilhando (agora na moda a de prata ou ouro branco e com um pequeno brilhante).
Quando você se separa, a primeira coisa que você faz é tirar a aliança, é como se todo estresse da separação fosse embora (um grande engano), mas você se vê livre, leve e solta só que numa selva. Na selva dos solteirões, viúvos e separados como você.
Quando você tem a aliança no dedo, você pode usar o cabelo vermelho e ninguém questiona ou te ver com maus olhos, você pode ter amigo homem que ninguém vai dizer que estão namorando, você pode ser extrovertida e alegre que não te chamarão de assanhada.
Mas quando você tira à aliança as coisas mudam.
Você se torna uma ameaça, você passa a ser vista de forma diferente, e o engraçado que pelas mesmas pessoas que antes te achavam o exemplo de esposa ou a “mulher-modelo” a ser seguida. São as mesmas pessoas que antes diziam ser suas amigas e companheiras.
Ter tirado a aliança por uns instantes me fez pensar que estava tirando meu caráter e minha índole juntos. Parece que para as pessoas meu “EU”, outrora tão admirado, deixasse de existir.
É neste momento que você descobre “o poder da aliança”. Você descobre que não possuir uma aliança quer na mão esquerda ou direita faz de você uma rival, uma concorrente nesta selva de pessoas atrás de um companheiro, nesta selva cheia de, como disse uma conhecida, “caçadoras de homens” (me senti mal ao ouvir tal frase).
Como pode um aro número dezoito ser tão poderoso!!  Um pequeno anel te proteger de tantas pessoas e de tantas línguas insidiosas!
As piadinhas, os comentários maldosos são cruéis, quando não ofensivos. É nesta hora que você precisa mais do que nunca de sua auto-estima para sobrepor a tudo e a todos, para ser uma sobrevivente nesta “Selva de Solteiros”. Precisa provar (sem necessidade) quem você é, quando na verdade você não é uma nova pessoa, apenas tem um novo estado civil. E o pior provar para quem já te conhece.
Descobri depois de usar por 24 anos uma aliança “o poder” dela!!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Chama-me




Se tiveres com vontade de chorar,
chama-me para dar meu ombro e chorar contigo.
Se tiveres com vontade de rir,
chama-me para rirmos juntos.
Se tiveres com vontade de ficar calado,
chama-me para entender seu silêncio.
Se quiseres pular, cantar e gritar, chama-me.
Chama-me para compartilhar as coisas contigo,
para te abraçar, amar e beijar.
Chama-me para ver o sol, a lua, as estrelas e o mar.
Chama-me para agradecer a Jeová, a capacidade de te amar.
Chama-me para pôr sua comida, para te dar café e fazer cafuné.
Mas, chama-me.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Montanha Vida







Montanha Vida


Queremos alcançar o alvo, lutamos a todo custo.
Queremos estar lá, lá no alto.
Se possível dar um grito para que todos ouçam.
Descer é fácil...
Agora o alcançar, o subir é que exige, requer de nós força e garra.
Força para termos resistência física ao subir, e garra para sabermos enfrentar os obstáculos.
O obstáculo mais difícil de passar, sem derrubá-lo, é a juventude 
e as suas fases, principalmente a fase amor.
Temos de enfrentar cobras e borrachudos, se conseguirmos passar por estes obstáculos, 
o resto da caminhada será fácil.
Fácil porque é só colheita do que se plantou.
Temos de subir a montanha com um alvo, com um objetivo, de maneira que nunca mudemos de rumo, mas sempre firme.
Para alcançar o alvo,
VIVER!





terça-feira, 25 de outubro de 2011

Vieste para ficar




Vieste para ficar

Foste chegando como que não querendo voltar.
Foste entrando como que não querendo sair.
Firmaste porque sabia que o solo era fértil, que a colheita seria boa.
Adaptaste ao clima e a temperatura, sofreste perseguição por causa dos vizinhos.
Mas vieste com a finalidade de ficar e não seria por qualquer tempestade que o faria voltar.
Passaste por maus momentos, mas achavas que valia a pena.
Pulaste muitos obstáculos, na busca de seu alvo, sempre determinado no que queria,
Hoje, já chegaste e estás!
Agradeço por ter vindo sem volta, por teres ficado sem arrependimento.




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Não tenho medo de envelhecer





Não tenho medo de envelhecer

Estava lendo uma linda poesia de uma amiga que falava sobre parar no tempo para não envelhecer, estagnar nos 40 anos.  Lembrei-me de um amigo que diz que ter 40 anos é ser um menino em um corpo envelhecido.

Não tenho medo de envelhecer gosto nos meus 4.4, brinco que sou turbo (apesar de não ser turbinada), motor bom e potente.  Digo sempre que nós 40tonas estamos na “Idade da Loba”, onde temos a maturidade que a vida e a idade nos dão, e o fulgor que a juventude que se foi não nos roubou. Estamos no clímax da vida, uivando auuuuuuuuu!!!!

Pude hoje compreender o que é a “crise dos quarenta” tanto para as mulheres como para os homens.
As mulheres se incomodam porque seu corpo já não está formoso como das “gatinhas” (garotas novas), cada celulite, estria, flacidez é como se somasse um ano a sua idade. As rugas já existentes e a barriga saliente tiram em muito sua auto-estima.
É quando muitas mulheres ao se olharem no espelho passam a ver além da imagem refletida, além das rugas que os anos forneceram, passam a conhecer a mulher madura que existe dentro de si. Estas que passam a ter este olhar diferenciado, são as que são de bem com a vida, são as que os eternos cinco quilos há mais não incomodam “tanto”, são aquelas que a vida toda se escondia num maiô e passam a usar biquíni aos 40 anos, porque sabem que seu corpo não mostra uma deteriorização, mas mostra uma mulher madura é uma mulher realizada em todos os sentidos, mesmo que não tenha conseguido realizar todos seus sonhos e planos, é uma mulher que está acima das críticas de alguém mais jovem e belo.

Já os homens estes “não ligam” para sua aparência exterior, aceitam com mais facilidade o fato de estarem careca e barrigudo, é claro que num mundo onde as pessoas vivem e morrem cultuando uma juventude eterna, isto não é uma regra, haja vista os metrossexuais.
Mas em geral os 40tões ele se renova não em plástica ou dietas, mas nas camisas e bermudas estampadas a lá “Magnum”, se renovam ao desfilar com uma mulher com metade de sua idade.
A reafirmação de que são homens, de que são garanhões, que ainda “estão podendo” e se não estão a pílula azulzinha está aí para dar a performance que eles ainda imaginam ter.
O 40tão não quer olhar além da imagem do espelho, ele não quer provar maturidade, nem conhecimento adquirido pela idade (se é que adquiriram), apenas querem provar seu vigor varonil. Eles sim querem parar no tempo e se pudessem iam mais longe, retroceder uns 15 ou 20 anos.

Amo ser 40tona, e quando os cinqüenta chegar (algo que pra mim está perto), que eu tenha rugas sim, mas que seja uma eterna jovem no meu jeito de ser e no meu interior. 

Pois esta é a nossa verdadeira idade, o que somos e não o que refletimos no espelho.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vagão Vida


Vagão Vida

Sou sucatas, parafusos, metais e alumínio, tudo misturado.
Me organizaram, me transformei em vagão, que se juntou a outros vagões de mesma idade. Fomos colocados na linha, a linha da vida.
Saímos juntos nesta jornada, nesta viagem que só tem ida, e nunca volta, o que não se fez virou passado.
Paramos em tantas estações: Estação Perda, Estação Alegria, Estação Doença, 
Estação Amor, nestas muitos soltam, mas muitos voltam para prosseguir viagem.
Estação Colega vive super lotada, muitos saem e muitos entram.
Estação Amigo não saiu ninguém, mas entrou dois ou três.
E assim prosseguimos nossa viagem, nossa luta contra o tempo, nossa caminhada.
Só que chega ao dia, em que esses vagões enferrujam, já estão gastos e novos já estão substituindo.
E acontece o mais triste, a retirada dos vagões de linha.  
Uns ficam como monumentos, outros são deixados de lado, e a maioria volta a ser sucatas, parafusos, metais e alumínio, só que mais velhos, gastos, que só serão usados para o ferro velho.
Para uns alegria, para outros tristeza, porque cada vagão é diferente do outro.
Há os que preferem viajar nos primeiros vagões, outros nos últimos e outros no meio. Não importa qual ficou lotado o tempo todo, ou qual levou menos passageiros até a última estação.
O que vale é que nenhum vagão ficou vazio e o mais recompensador de tudo, é que apesar de termos virado sucatas, metais e alumínios, há quem sempre lembre que já viajou no nosso vagão, 
o "Vagão Vida".
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